Esta é a pergunta que venho me fazendo há semanas. E não tenho uma resposta convincente, pelo menos pra mim.
Eu nunca fui a "coragem" em pessoa, mas também não ou tão largada assim
Nunca tive ajudante fixa em minha casa. Nunca achei que precisasse.
fiz tudo até o 7º mes de gestação. Limpava casa, lavava roupa(na mão), passava e ainda fazia comida. Todo dia.
Ruan nasceu e continuou assim. Eu deixei a arrumação mais caprichada de lado pra cuidar dele. E por que eu nunca pedi ajuda pra alguém? Simples.
Na minha recém cabeça de mãe, eu achava que iam me tachar de folgada, porque ele simplesmente não dava trabalho nenhum e eu achando que dava conta.
Hoje vejo que poderia ter sido diferente, mas agora não dá mais pra chorar o leite derramado. Já era!
Ruan hoje está com 5 anos. É uma criança com paralisia cerebral leve.
Caminha, sobe em tudo, pula em cima da cama, anda de bicicleta ainda com rodinhas, come sozinho e outras coisinhas.
É autista. Tem muitos trejeitos e movimentos esteriotipados.
Adora coisas que rodam como: ventilador, pneus(carro ,bicicleta), observar o movimento da maquina de lavar. Qualquer coisa que rode, chama sua atenção facilmente e ele fica lá, se deixar, o dia todo.
Ainda não fala, não estuda (depois explico). Sua linguagem é não verbal.
Não é surdo, nem mudo.
Está muito esperto, graças a Deus.
Sou muito grata a Ele por ter feito tanta coisa linda na vida do meu filho.
Mas ultimamente, não tenho tido muita paciência com nada, tenho me estressado fácil demais e quando vejo, já estou explodindo.
Nã sei, se pelo fato de estarem me acusando de coisas que não fiz.
Sabe quando te acusam e te tratam como eterna culpada sem perdão? É assim que estou me sentindo. Embora eu saiba que sou inocente nesta história toda, mas dói muito isso.
Sei que não devo ligar pra essas coisas, nem descontar em ninguém e só entregar pra Deus mesmo, mas tem uma hora que a gente cansa.
PERDOAR. É tão difícil, mas necessário.
o Rancor e mágoa corroem a gente aos poucos.
E o resultado disso, tem estado cada vez mais visível no meu cotidiano.
As vezes grito com o marido pra responder uma simples pergunta que ele me fez. sem total controle.
E com meu filhotinho também. Muitas vezes, estamos só eu e ele em casa e perco a paciência porque ele começa a fazer birra. Acabo brigando e até dou umas palmadas, sem ao menos ter conversdo com ele, daí ele chora e vem com aquela carinha pra perto de mim todo sentido, como quem pede desculpas. E eu me sinta uma monstra, pois era eu quem deveria pedir desculpas a ele. me sentindo a pior mãe do mundo, dou-lhe um abraço e choro, choro muito.
A gente sempre erra, não somos perfeitas.
E fico pensando em como ele vai me ver quando crescer. Por que ele já entende tanta coisa, que eu nem imaginava e me dar uma dor tão grande.
Medo de não ser a mãe, que ele precisa, de falhar nas coisas mais bobas.
A verdade é que estou tentando
Não quero ser mãe perfeita e acho, que isso em existe, mas quero ser a mãe que meu filho precisa, pra ser feliz, sabendo que é amado.