Olá amadinhas! Tá difícil atualizar aqui, mas venho agora com algumas novidades do Ruan.
Em março, voltamos a Brasília para uma nova consulta, fomos muito bem atendidos, eu e minha irmã , que sempre me acompanhou nas consultas, pois ela é bem observadora e me ajuda nas dúvidas.
Bem, as médicas fizeram milhares de perguntas, sobre o comportamento dele,o desenvolvimento, a fala.E elas sempre com aquele bendito bloquinho na mão.Cada pergunta era uma notação, mas sei que era para o bem do Ruan, pois com aquelas observações elas teriam mais facilidade com o diagnóstico dele.
Depois de horas na consulta, conversamos mais e elas queriam uma nova consulta, pois queriam discutir com a equipe, sobre algumas particularidades que envolviam o comportamento dele.
A nova consulta já foi no final do mês, as médicas vieram com um teste falado, para nós respondermos, pois elas achavam que além, do PC (paralisia cerebral ) tinha algo mais.
Foram tantas perguntas, eram em níveis, que iam do normal ao grave.Os resultados normais significariam o comportamento adequado para a idade da criança de 4 anos, no caso dele a maioria das perguntas foi de nível 3, que seria moderado, ou quase grave.
Até então eu não imaginei o que seria.Minha outra irmã sempre me perguntava se ele não era autista, e eu sempre respondia que não, pois aqui na Apae, ninguém nunca imaginou, porque ele sempre interagia as brincadeiras.
O teste era muito grande para responder em uma só consulta, então novamente, marcaram outra consulta.
Dia 05/04/2011 retornamos para terminar o teste,daí quando finalmente terminamos uma das médicas, que é psicóloga, me disse que ela e a equipe estavam achando que Ruan tinha autismo. Fiquei ali parada, sem reação, daí ela falou que ia marcar outra consulta para nós falarmos com a pediatra, para ela tirar mais dúvidas sobre esse novo diagnóstico.
No caminho para casa eu e minha irmã sempre conversávamos sobre a consulta, mas nesse dia eu disse a ela que não queria falar nada, que se ela quisesse dizer alguma coisa, eu iria só ouvir.
Engraçado, porque quando a gente saiu para o hospital, ela me perguntou, se ele fosse diagnosticado com autismo se eu ficaria bem, e eu disse que sim, e estaria preparada para ouvir, mas não foi isso que senti. Fiquei muito triste quando a médica falou, porque quando se gera um filho, vocês espera o 9 meses por um filho saudável .E quando nasce com um problema é um choque para toda família. Foi assim, quando eu descobri que ele tinha PC, e parece que vivi a mesma coisa quando descobri o autismo.
Dia 07/04/2011 fomos, dessa vez com a pediatra, para esclarecermos dúvidas sobre o autismo. Ficamos ali na área dos brinquedos, ao ar livre e o Ruan brincando.Tirei minhas dúvidas, chorei com minha irmã, recebi o carinho das médicas e me tranquilizei, pois sei que tudo vai ser para o bem dele. Saimos de lá com a certeza de dever cumprido e eu com a grande responsabilidade de fazer tudo que for preciso que ver meu filho bem.
Depois dessa ultima consulta voltamos para nossa cidade, e transferimos o tratamento para Fortaleza-Ce, pois o papai também precisa participar dessa nova fase, que necessita de muito amor e carinho, que Graças a Deus ele tem de sobra.
Beijinhos em todas!